Nostalgia

O Esteiro situa-se nas margens direita do rio Zêzere, no qual a sua população muito se orgulha da infância de nós, nossa geração daqueles tempos de infância passados em contacto com o “nosso rio”.Nesses tempos era possível ouvir os cânticos dos rouxinóis e dos melros nos salgueiros que neles o marginam. O chiar das rodas ou tirar a água do rio para a rega dos campos de milho. Nesses férteis lodeiros terrenos, dos banhos e das loucas correrias na areia alva e finíssima, que as crianças descalças e nuas transformavam em campos de futebol. As mulheres lavavam as mantas e o linho e que essas se assustavam quando os seus pés submersos na água eram picados pelos peixes.Os cânticos nas margens do Rio, daquelas lidíssimas aves, que ainda hoje felizmente se pode ouvir porém hoje as águas desse Rio estão poluídas e onde não são permitidos os banhos nem as apreciadas merendas à beira Rio locais onde se passavam enumeras vezes momentos de lazer e convívio.Com a consequente poluição a população ficou “divorciada” do rio por culpa da civilização.